FLA X FLU- A resposta de ZICO – Por Rayane

História

O time do Fluminense foi recebido no vestiário do Maracanã com uma faixa: “Obrigado, tricampeões. E feliz 1986, ano do tetra!” No outro vestiário, o do Flamengo, Zico e Sócrates se preparavam para subir juntos pela primeira e última vez ao gramado do Maracanã vestindo o Manto Sagrado. Era o Fla-Flu de abertura do campeonato estadual daquele ano.

Dez anos antes, Zico havia feito quatro gols em um Fla-Flu. Mas no dia 16 de fevereiro de 1986 entrou em campo para ouvir a torcida do Fluminense gritar: – Bichado! Bichado! Bichado! O joelho esquerdo não era mais o mesmo, e aquele jogo era o grande teste desde a agressão covarde de Márcio Nunes.

Dez minutos de jogo, Adílio vai ao fundo pela esquerda e cruza para à meia-altura. Zico voa entre a zaga tricolor e mete a cabeça. Paulo Vitor vai buscar no fundo da rede e ouve a torcida do Flamengo gritar, irônica: – Bichado! Bichado! Bichado!

E não parou por aí. O Galinho ainda faria mais dois, para delírio dos rubro-negros, e eterna dor de cabeça dos tricolores, que não tiveram outra opção senão se render ao talento do Camisa 10 da Gávea.

O Jogo

Estréia do Campeonato Carioca de 1986. Todas as atenções voltadas para a então chamada “Máquina Tricolor”, tricampeã estadual. Porém, eles jogariam contra um Flamengo que tinha um meio-campo formado por Andrade, Sócrates, Zico e Adílio, com Bebeto na frente, Jorginho na direita e Leandro e Mozer na zaga. Um clássico daqueles! Era, aliás, a estréia de Sócrates no Flamengo. Totalmente ofuscada pelo brilho do rei maior do futebol rubro-negro.

Próximo de completar 33 anos, o maior jogador da história do Flamengo completou naquela tarde de domingo, no Maracanã, o carnaval iniciado pela Mangueira na noite anterior, durante o desfile das escolas de samba campeãs, na Marques de Sapucaí. O Galinho, chamado de “Bichado” pela torcida adversária, devido a problemas no joelho, respondeu em campo às provocações.

Logo aos dez minutos, começou jogada pelo meio, tocou para Adílio, que cruzou à meia-altura. Zico  apareceu como uma flecha no meio da zaga tricolor e cabeceoou: Flamengo 1×0. E os gritos de “Bichado” vinham agora da torcida rubro-negra, em tom irônico. O Fluminense empatou com Leomir, mas aos vinte e sete minutos do segundo tempo houve uma falta na entrada da área. No primeiro tempo, Zico havia mandado uma na trave. Dessa vez, a bola em curva pegou Paulo Vitor no contrapé e entrou no ângulo esquerdo.

Estréia do Campeonato Carioca de 1986. Todas as atenções voltadas para a então chamada “Máquina Tricolor”, tricampeã estadual. Porém, eles jogariam contra um Flamengo que tinha um meio-campo formado por Andrade, Sócrates, Zico e Adílio, com Bebeto na frente, Jorginho na direita e Leandro e Mozer na zaga. Um clássico daqueles! Era, aliás, a estréia de Sócrates no Flamengo. Totalmente ofuscada pelo brilho do rei maior do futebol rubro-negro.

Próximo de completar 33 anos, o maior jogador da história do Flamengo completou naquela tarde de domingo, no Maracanã, o carnaval iniciado pela Mangueira na noite anterior, durante o desfile das escolas de samba campeãs, na Marques de Sapucaí. O Galinho, chamado de “Bichado” pela torcida adversária, devido a problemas no joelho, respondeu em campo às provocações.

Logo aos dez minutos, começou jogada pelo meio, tocou para Adílio, que cruzou à meia-altura. Zico apareceu como uma flecha no meio da zaga tricolor e cabeceoou: Flamengo 1×0. E os gritos de “Bichado” vinham agora da torcida rubro-negra, em tom irônico. O Fluminense empatou com Leomir, mas aos vinte e sete minutos do segundo tempo houve uma falta na entrada da área. No primeiro tempo, Zico havia mandado uma na trave. Dessa vez, a bola em curva pegou Paulo Vitor no contrapé e entrou no ângulo esquerdo.

“Xinxim e acarajé, tamborim e samba no pé”, dizia o samba-enrendo da Mangueira daquele ano. E dentro de campo, via-se era talento nos pés. Bola no pé, de pé em pé, até Bebeto acertar uma bomba e fazer o terceiro, aos trinta minutos. Mas era um Fla-Flu de Zico, sabiam disso aquelas oitenta e quatro mil pessoas no Maracanã. Aos trinta e quatro, pênalti para o Flamengo. Zicão na rede, quatro a um, e uma agradecida massa flamenga cantou durante dez minutos, sem trégua: Recordar é viver, o Zico acabou com você!

Ele mostrou, ainda, pelo menos dez jogadas de efeito, como um passe de calcanhar de 15 metros que deixou um surpreso Bebeto na cara de Paulo Vitor, um drible absolutamente desconcertante em Leomir, um chute no travessão, além de executar uma bicicleta magnífica, iniciando um contra-ataque que merecia acabar em gol. Após o jogo, não conseguiu conter a emoção. Sentado na sala de massagem do vestiário, mãos entrelacadas, cabelos desalinhados, chorou por quase 10 minutos. Um desabafo.

2 Responses to FLA X FLU- A resposta de ZICO – Por Rayane

  1. Juca disse:

    Parabéns pelo blog de vcs..
    Vcs são demais..

    Cida, Diana e Ray..

    Boa sorte..

    Rayane:
    Vlw Juca ;D

  2. Roberto Dias disse:

    Lindo demais.
    Parabéns a vcs pelo excelente blog.

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